Sonhar nem sempre fez mal

Anteriormente, na sala de justiça...

Eu havia escrito que o Pierrot triste de fevereiro já havia desfalecido. (Aliás, fui muito bem criticado por este Pierrot, pelos poucos que lêem essas linhas tortas...)
Verdade seja dita, ele ainda existe, mas como uma sombra do passado.

Mas deu lugar a novos sonhos... E não falo das quimeras, falo de sonhos, puramente sonhos.
* Quimera é um ser mitológico que pode simbolizar o imaginário. Referência de Augusto dos Anjos - Versos Íntimos

E como tenho sonhado.
E visto o quanto é bom deixar-se permitir que aconteça, sem planejar ou forçar nada ao extremo.
E já me deixo sonhar.
Lamentar, não quero mais.
Minha alma cansou de vestir preto.

Ser feliz, este é o ideal

A felicidade já não deixa traços de dependência. Já não se escora em nenhum coração.
Sempre falo do amor, porque realmente ele é a transladação da vida. Para mim, pelo menos.
Não procuro criticá-lo, nem questioná-lo. Sem me enganarem dizendo que me amam, pelo menos eu tentarei amar. E isso dignifica o homem, sem sombra de dúvida.

Como diz uma antiga frase minha:

Ainda há esperança, mesmo que todos nós tentemos sempre achar que estamos certos... É, temos que reaprender o amor e ver suas cores, pois esse daltonismo existencial não nos ajuda em nada...

E ver as cores do amor não é para todos.

Mas vamos tentar. Até porque existem muitos motivos para isso.
Deus nos deu o coração como olhos do sentimento. Às vezes dizemos que ele é cego, mas na verdade nunca foi. É porque, diferente de nós, ele não enxerga razão no que vê.

Espero que o meu nunca enxergue esta razão no que verá. Apenas bata mais forte para me mostrar o que enche seus olhos.

E ainda espero pelo amor, mas que não seja o amor que se arranja com um sorriso falso, mas com a química inexplicável da paixão.