Ecce Homo

Reli meu blog e reparei que parece sofrível o que escrevo até aqui.
Sabe aquela amargura de araque? Tipo "Ah, todos são ruins e eu tenho de sofrer. Ninguém presta..."

Muitas vezes, nem quero, mas passo isso para as pessoas.

Só que não é assim. Vivo muitas vezes inconformado porque vejo razões, condições, espaço e tudo o mais que precisar para vivermos melhor e continuo olhando as pessoas de debaterem com futilidades. (Se bem que 'fútil' tem um conceito amplo. O que você despreza pode ser aquilo que outro ama vorazmente)

Me vejo também um ser crítico. E muito. Não acho isso bom, mas até que algo aconteça para que eu mude, além de minha própria vontade, esse tem sido o resultado de minha constante adaptação e evolução durante a vida.

Tá complicado até aqui? Ãh? Mas isso é só o começo... Afinal, Rib@ também é intelecto e cultura. =D

Fora que muitas vezes, a auto-estima tá lá pra baixo. Analiso muito o mundo. E me desagrado muito com o que vejo...

Porém, contudo, todavia, entretanto, de certa forma, sobretudo...

Essa visão me faz ver encantos e belezas onde muitos só veêm o casual, o simples.
Afinal, não conheço muitos que olhem para um papel em branco, por exemplo, e vejam desenhos se formando, idéias escritas sem mexer sequer um dedo.

Muitas vezes me sentia estranho, diferente, louco diria até, diante das outras pessoas. Mas esta sensação é enganosa. Todos buscam ser diferentes, e por todos terem o mesmo desejo de serem diferentes uns dos outros, se tornam iguais por terem este mesmo objetivo. Dúbio...

Enquanto isso, milhões de pensamentos, idéias, acordes, fórmulas, links e dados passam a milhões de quilômetros por hora na minha mente. E meu coração pulsa lentamente. Talvez tenha que parar de pensar e exercer o intelecto um pouquinho e tentar ser comum, mais 'social' e amar... Só assim, amar, sem se importar com lógicas ou receios.
Mas quem, afinal? Nem estou procurando... Se acontecer... Que seja com o coração. E não somente 'uma oportunidade'. Afinal quando me apaixono, as poesias fluem, as músicas fazem sentido e fico sensível às cores que só o amor proporciona. (Isso lembra um tal de 'daltonismo existencial', que eu nunca tinha ouvido falar e escrevi sobre após ver uma imagem de uma paisagem e de ter vivido um dos beijos mais 'perfeitos' da minha vida. É criação minha esse conceito de 'daltonismo'...)

Continuo a viver... Espero poder parecer feliz, e poder visitar outros mundos. Me esconder no meu, só quando precisar do silêncio que faço a mim mesmo quando preciso escutar a voz mais linda que conheço. A do meu Criador e Amigo.)

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